Estresse e sedentarismo afetam a qualidade de vida das mulheres aponta levantamento do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara

Fatores aumentam o risco de desenvolvimento de doenças coronarianas
 
As mulheres precisam cuidar melhor da saúde é o que concluiu o Centro de Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG) a partir de dados recolhidos com cerca de 100 mulheres que realizaram check up entre janeiro e abril de 2012. Segundo o levantamento, 73% das mulheres que fizeram os exames periódicos este ano apresentam níveis elevados de estresse. O relatório mostrou ainda que 80 % delas não realizam atividades físicas frequentemente e 42% precisam mudar os hábitos alimentares porque estão acima do peso. O diretor do CMNG, Eduardo Duarte, explica que estresse aliado ao sedentarismo e a obesidade aumentam o risco da pessoa desenvolver doenças crônico degenerativas ou um ataque do coração.
 
Duarte explica ainda que os números vão ao encontro de estudos atuais que apontam que, hoje, a mulher está mais suscetível a doenças coronarianas, devido à rotina agitada e às elevadas cargas de estresse. Até a década de 50, um estudo norte-americano apontava que essas enfermidades eram desenvolvidas principalmente nos homens.
 
– Isso pode ser explicado por vários fatores. A anatomia das artérias do coração feminino dificulta um diagnóstico de oclusão arterial; o calibre das artérias é mais estreito que o dos homens; o ritmo do coração das mulheres é mais acelerado. Além disso, ao entrar na menopausa, os riscos duplicam – alerta Duarte.
 
As recomendações para amenizar essa situação são simples: pelo menos 20 minutos diários de exercícios físicos; possuir uma alimentação equilibrada; deixar de lado vícios, como o do fumo e do álcool; dormir melhor; ter tempo livre para si e realizar exames rotineiros que variam com a faixa etária. Para as mulheres, a visita periódica ao ginecologista e ao clínico-geral de confiança é fundamental.
 
– A maioria das executivas que frequenta o Centro Check Up tem plena consciência do que deve ser feito, mas não faz por falta de tempo. Mudar o próprio estilo de vida não é tarefa fácil, é preciso motivação. A saúde física e mental deve estar entre as prioridades da mulher, que bem consigo mesma, será melhor esposa, mãe, filha, profissional, dona-de-casa e aluna – conclui o especialista.