No Dia Nacional de Combate à Asma, pneumologista do CMNG orienta sobre os principais cuidados para evitar as crises, mais comuns no inverno
 
Brasil ocupa 8ª posição no ranking em número de asmáticos, segundo OMS
 
A asma é uma doença que atinge cerca de 150 milhões de indivíduos em todo o mundo, sendo desse total 60% crianças, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). E no Brasil, país que ocupa o 8º lugar em número de asmáticos, essa enfermidade é responsável por cerca de 2,2 milhões de visitas ao pediatra por ano. No dia 21/6 é lembrado o Dia Nacional de Combate à Asma, coincide com o início do inverno, época em que o tempo frio e seco aumenta os potenciais agravantes da doença, podendo ocasionar crises respiratórias mais constantes e a procura por atendimentos de emergência.
 
O pneumologista do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG), Júlio Cezar Rodrigues Filho, explica que, apesar de não ter cura, a asma pode ser controlada. Além disso, segundo o especialista, a doença é caracterizada por uma inflamação das vias aéreas, que acomete os brônquios e bronquíolos dificultando a respiração. A asma se manifesta em forma de crises, provocadas por broncoconstrição – fechamento das vias aéreas por contração da sua musculatura e pela inflamação.
 
- O mal-estar pode ser passageiro e, vencida a crise, a pessoa volta ao normal. Os principais sintomas são falta de ar (dispnéia) e chiado no peito, além de cansaço e tosse seca. O diagnóstico da doença é relativamente fácil para um médico, assim como o seu tratamento e controle. O importante é que não seja feita a automedicação, que pode gerar complicações graves.
 
Ainda de acordo com Rodrigues, os fatores de risco são diversos: gripes, resfriados e causadores de alergias, como mofo, pólen, fumaça de cigarro, insetos, “caspa” de animais domésticos, poluentes de ar, perfumes, produtos químicos, poeira e até determinados alimentos e remédios podem desencadear as crises.
 
- A maioria dos asmáticos pode ter uma vida normal. Alguns atingem a estabilidade somente com medidas de controle ambiental, outros à base de medicamentos anti-inflamatórios e broncodilatadores, remédios que promovem a dilatação dos brônquios e são popularmente conhecidas como as “bombinhas”. Como nesta época do ano, os fatores que desencadeiam as crises são mais frequentes, cuidados com os mesmos, são sempre necessários – concluiu.
 
Abaixo, 13 orientações para evitar as crises de asma:
 
* Todos os membros de uma família de asmáticos precisam ser orientados a respeito das características da doença e das crises. A informação correta ajuda a reduzir os mitos que cercam a doença e os doentes;
* Não fume. Numa família de asmáticos, ninguém deve fumar. Evite o contato com fumaça e com fumantes;
* Identifique os sintomas iniciais das crises e tome as medidas necessárias para que não se tornem graves;
* Submeta-se a testes de pele para identificar possíveis alergias a alguma substância específica;
* Evite apanhar resfriados e gripes;
* Fumaças, gases, cheiros de tinta, de produtos de limpeza ou de higiene pessoal e perfumes podem ser prejudiciais aos asmáticos;
* Evite mudanças abruptas de temperatura;
* Exercite-se moderadamente todos os dias. Não cometa excessos. A asma não deve limitar a vida ou a atividade física de ninguém. Mantenha atividades saudáveis;
* Beba bastante água. Recomenda-se ingerir de cinco a oito copos por dia. Isso ajuda a diluir a secreção brônquica e facilita a expectoração;
* Use broncodiltadores ou outros medicamentos prescritos por seu médico. Evite a chamada medicação caseira.
* Evite o pânico nos momentos de crise;
* Observe corretamente as orientações do seu médico. Mantenha-o informado sobre todo tratamento caseiro que eventualmente você adote;
* A asma não controlada pode causar sérias complicações. Consulte o médico na ocorrência de qualquer febre durante as crises, tosse persistente, respiração difícil, falta de ar e dor no peito.